
“Trabalhei até com artesanato, já ministrei cursos, sempre empreendi. Tive o acesso facilitado inicialmente por causa da fazenda, já que não precisava investir em uma estrutura. Mas as iniciativas sempre foram minhas”, comenta.
Ester Isfer, proprietária da Guaraúna
Ester Isfer sempre empreendeu, desde jovem. Se formou em Engenheira Agronômica pela Universidade Federal do Paraná em 1994, mas um ano antes de concluir o curso, em 1993, já trabalhava com a produção e comercialização de húmus na fazenda da família – chamada de Guaraúna, localizada em Palmeira (PR).
Ao terminar a faculdade, fez uma viagem ao Canadá e lá viu que era muito comum o uso de casca de pinus no paisagismo. Como já contava com uma serraria na fazenda, pesquisou mais a respeito e, além do húmus, começou a produzir e comercializar o material. Depois investiu em uma máquina e passou a oferecer também a casca de pinus selecionada. Aos 25 anos recebeu um prêmio de mulher empreendedora, da Câmara de Vereadores de Curitiba.
A partir de 1998, Ester incluiu no negócio também a comercialização de dormentes e cruzetas para uso paisagístico – materiais que logo passaram a ganhar destaque em projetos de decoração de interiores. “Na época eu não tinha concorrência para estes produtos, ninguém comercializava e ainda eram pouco usados. Sempre procurei focar em produtos que ainda não estavam no mercado”, conta.
Não demorou para ampliar para a comercialização de outras madeiras de demolição, com a elaboração de móveis de design em parceria com uma marcenaria. Em 2005, sua empresa passou a se chamar Guaraúna – o mesmo nome da fazenda –, quando começou a atuar com foco maior em revestimentos e produtos de decoração de interiores, além dos móveis sob medida, atendendo tanto clientes finais, como também construtoras, arquitetos, designers de interiores e decoradores.
Ester diz que gosta muito de empreender, principalmente por causa da flexibilidade, o que ajuda a conciliar melhor trabalho e família. Mas é preciso ter jogo de cintura: “não dá pra deixar a peteca cair! Quando meu filho era bem pequeno ainda, eu tinha que trazer ele para o escritório junto com a babá, pra não deixa-lo sozinho, mas também não deixar de trabalhar”, lembra.