Olá, colegas florestais! Vamos continuar nossas discussões sobre a gestão nas empresas florestais. Hoje, o foco é liderança, um tema que conecta tudo o que já falamos: estrutura organizacional, clima empresarial e transformação digital.
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Inicialmente, fiz uma breve pesquisa no google com a palavra-chave “liderança florestal”. Os resultados me chamaram a atenção, o tema que apareceu com maior intensidade nas primeiras páginas de pesquisa foi: Mulheres na gestão.
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Isso não é bem novidade. Exemplificando, ano passado eu participei da formatura de engenharia florestal da UFPR, onde observei uma predominância expressiva de mulheres entre os formandos. Isso indica que, cedo ou tarde, terão mais espaço na liderança de empresas florestais.
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Portanto, é apenas uma questão de tempo até que a inclusão e a igualdade de gênero se tornem comuns nos negócios florestais. É um cenário que muito me agrada. A diversidade na liderança deve enriquecer vários aspectos do ambiente empresarial florestal.
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Com isso, sigo para um tema que também frequenta as lideranças de empresas florestais, a sucessão empresarial.
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Esse assunto é ainda mais latente em pequenas e médias empresas. Aqui eu gostaria de destacar dois pontos sensíveis: A gestão ainda às sombras do controle familiar e a diferença geracional entre diretores e equipe técnica.
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Em ambos os casos é possível identificar a resistência na delegação das decisões. O contraste entre as gerações que estão se substituindo deve afetar todos os níveis de uma empresa florestal. Também comentei sobre esses percalços na coluna de março.
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Se por um lado as empresas florestais mudam lentamente, uma vez que temos gestores que perduram por 20, 30 anos em seus cargos. Por outro, temos um grande volume de empresas que se estruturaram em meados dos anos 90 e agora encontram-se sob a necessidade de sucessão. Ou seja, algumas empresas florestais farão uma transição de modelos de gestão, entre gerações distintas, que pode ser impactante para os rumos do negócio.
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Um outro desafio para as lideranças florestais está relacionado às tecnologias e processos. Hoje a demanda por processos eficientes tem obrigado empresas a se transformarem em pouco tempo. Isso acaba sendo, para muitos, uma imposição por atuarem em uma cadeia de valor cada vez mais globalizada.
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As certificações, a rastreabilidade da informação, a escala em grandes empresas e a necessidade por controles eficientes são alguns chicotes que podem obrigar as lideranças a se adaptar tecnologicamente, assim como coloquei na coluna do mês de abril.
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Um colega recentemente me disse: uma empresa rural, em geral, sempre terá maiores problemas de governança, se for comparado a empresas de outros setores com o mesmo faturamento. Infelizmente, fui obrigado a concordar.
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Pensando nisso, aqui estão algumas ideias para ajudar sua empresa a trabalhar esses desafios:
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- Processos que guiem as lideranças: a criação de processos bem definidos pode colocar os líderes para se adaptarem de forma instintiva. Em outras palavras, fazer sua parte de um ambiente organizado e com atividades claras acelera o desenvolvimento dos líderes. Para que esses processos funcionem a empresa deve possuir C-levels que propaguem o pensamento processual.
- Sucessão estruturada: o enfrentamento dessa sensível questão deve ser feito com olhar especializado que identifique fragilidades na organização e possíveis substitutos. Aqui muitas vezes é valido considerar contratar especialistas que trabalhem especificamente nesses processos.
- Políticas que contemplem mulheres na gestão: O estabelecimento de políticas/regras que estabeleçam condições para igualdade de gênero na empresa. Ações claras de respeito a maternidade, igualdade salarial e oportunidades iguais de contratação.
- Departamentos de desenvolvimento tecnológico: Quando a empresa tem áreas que promovem e aceleram o desenvolvimento tecnológico torna-se mais simples customizar, tornar amigável, a adoção dos sistemas por parte das lideranças.
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Esses são apenas alguns pontos que não têm a ambição de secar o assunto, falar sobre as lideranças florestais é um assunto amplo e complexo.
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Adicionalmente, relembro o que disse em minha primeira coluna: “A melhor gestão é aquela que respeita as particularidades de sua empresa”. Não há resposta pronta que abranja toda a complexidade de organizações e pessoas.
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Os líderes podem ser efetivos de acordo com a cultura e tipo de cada empresa, o que precisamos trabalhar, quanto empresa, é que seja desenvolvido processos e políticas para que tenhamos os melhores indivíduos possíveis e esses evoluam conforme a empresa e o contexto exigem.
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Partner – ESG Tech Consulting
https://www.linkedin.com/in/mariocoso/
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By Mario Coso | Engenheiro Florestal e Mestre em Administração
Imagens: Divulgação
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