*por Marcus Granadeiro
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O fato de que o Brasil carece de obras de infraestrutura é incontestável. O desafio de como construir e, principalmente, como manter toda a infraestrutura necessária para nosso desenvolvimento é enorme. A limitação de recursos é amplamente debatida, assim como as questões associadas à compatibilização desse desenvolvimento com a preservação do meio ambiente, entre outros fatores que, muitas vezes, saem do escopo da engenharia.
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Há muita coisa que pode ser feita e melhorada para ajudar, ganhar produtividade e reduzir custos e impactos causados ao meio ambiente dentro da engenharia. A introdução de processos BIM está entre as ações desse movimento, que, com certeza, vai contribuir tanto na fase de construção, quanto nas demais fases do ciclo de vida do empreendimento.
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Um ponto importante é parar e repensar alguns paradigmas e processos. Temos um histórico de muitas obras com atraso, com orçamento estourado ou que simplesmente não terminaram. Apenas no estado de São Paulo, de acordo com o painel de monitoramento do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, são registradas atualmente mais de 700 obras atrasadas ou paralisadas, sendo que raramente uma obra deste tipo é realizada sem gerenciamento ou supervisão.
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Nesse contexto, vale o questionamento de quão eficiente está sendo esse gerenciamento e supervisão, o quanto está servindo para evitar atrasos, estouros de orçamento e contribuindo para a redução dos riscos de paralisação. É preciso pensar se a maneira como estamos fazendo está sendo apenas uma forma de documentar os problemas e atividades, de maneira mecânica, para atender eventuais burocracias.
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Ao refletir sobre o tema, é inevitável pensar na mentalidade Lean, um conceito criado no sistema de produção da Toyota, no Japão, que tem como objetivo uma gestão enxuta e ágil, além de promover uma dinâmica precisa para que se limite aos recursos necessários à realização do trabalho. Dessa forma, essa filosofia permite que a tecnologia seja utilizada com menos processos para fazer de maneira mais eficiente o que deve ser feito.
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Dentro da engenharia, a aplicação da mentalidade Lean é conhecida como “Lean Engineering” ou “Engenharia Enxuta”. Essa abordagem visa otimizar os processos de desenvolvimento, projeto e produção de produtos na área da engenharia, buscando maximizar o valor entregue aos clientes e minimizar o desperdício.
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Dessa forma, a aplicação da mentalidade Lean no setor de construção pode levar à execução das obras de forma mais rápida, eficiente e orientada pelo cliente, resultando em maior qualidade e redução de custos. Isso é especialmente valioso em um cenário em que a inovação é constante e a demanda por processos melhores e mais rápidos é crescente.
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Então, com uma gestão baseada em dados e metas concretas, com tomada de ações consistentes e total visão da operação e processo, a abordagem Lean incentiva a colaboração entre diferentes equipes e departamentos envolvidos no processo de engenharia. Isso ajuda a reduzir o isolamento de informações e a melhorar a comunicação, o que é essencial para evitar retrabalho e acelerar o desenvolvimento.
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A busca pela reengenharia das rotinas de gerenciamento e supervisão se faz necessária, não colocando no digital os processos atuais que não estão eficazes, mas sim pensando em como deixá-los mais diretos para prevenir, e não apenas documentar, atrasos e estouros de orçamento.
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*Marcus Granadeiro é engenheiro civil formado pela Escola Politécnica da USP, sócio-diretor do Construtivo, empresa de tecnologia com DNA de engenharia, membro do RICS – Royal Institution of Chartered Surveyors (MRICS) e do ADN (Autodesk Development Network) e certificado em Transformação Digital pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
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Sobre o Construtivo
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O Construtivo é uma empresa de tecnologia com DNA de engenharia. Pioneira no conceito de nuvem, atende aos maiores projetos de infraestrutura do Brasil. Fundado em 2000 como uma joint venture do Grupo Santander, o Construtivo passou por um processo de MBO (Management buy-out) em 2004 e se tornou uma empresa nacional.
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Atendendo mais de 100 mil usuários e cerca de 200 clientes ativos, entre eles Norte Energia, AES, CPFL, EDP, Taesa, Alupar, CTG, Energisa, CSN, Rumo, Promon, Concremat, EGIS, Intertechne, Systra, LBR, Voith, Andritz e Weg, a empresa mantém uma sede em São Paulo e uma filial em Porto Alegre.
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O Construtivo tem como carro-chefe a plataforma Colaborativo, ofertada na modalidade de serviços (SaaS) e que é a base para uma solução de integração para os processos BIM.
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Combinada a outras tecnologias oferecidas pelo Construtivo, a Colaborativo e o BIM levam transformação digital ao setor, que pode aproveitar o know-how de mais de 23 anos da empresa em CAD e o pioneirismo na modelagem das informações da construção.
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Referência em gerenciamento de processos com especialização em engenharia civil, a empresa atende áreas como energia, transporte, saneamento, ferrovia, administração pública, manutenção, entre outras.
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By Luísa Eller | Image Comunicação
Imagem: Divulgação
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