Tributação de alta renda gera discussões sobre imposto para empresas

Votação do Projeto de Lei que institui taxação para altas rendas deve enfrentar resistência no Congresso e levanta debate sobre bitributação empresarial

A proposta do governo de instituir um imposto mínimo para altas rendas está gerando forte resistência no Congresso e entre setores empresariais. O principal motivo da oposição é a preocupação com a possível bitributação, já que as empresas no Brasil pagam 34% de imposto de renda sobre seus lucros, uma das maiores cargas tributárias do mundo.

Pela proposta da equipe econômica, o pagamento de dividendos superiores a R$ 50 mil mensais deve ser taxado em pelo menos 10% na fonte. Atualmente, o valor efetivo pode ser menor, dependendo da composição da renda do contribuinte, especialmente em casos de investimentos financeiros isentos.

A Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), que reúne empresas listadas na Bolsa de Valores, defende que o imposto seja recolhido diretamente pelo contribuinte durante a declaração anual de imposto de renda, em vez da retenção na fonte.

A mudança integra o projeto que trata da nova faixa de isenção do Imposto de Renda. A taxação de alta renda é uma das formas de compensação sugeridas pela equipe econômica do governo para a isenção do imposto de renda para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil mensais e reduzir para aqueles que ganham entre R$ 5 mil e R$ 7 mil por mês.

Impacto na carga tributária e preocupação com a bitributação

Empresários e analistas argumentam que a proposta pode aumentar a tributação indireta sobre dividendos, reduzindo incentivos ao reinvestimento dos lucros e tornando o ambiente de negócios menos competitivo. Um dos principais pontos de crítica é o fato de o Brasil já ter uma das mais altas cargas tributárias sobre empresas, com 34% de imposto de renda sobre lucros, percentual que supera o de muitos países onde dividendos são tributados, mas a carga empresarial é menor.

“Embora o projeto não altere a tributação para pessoas jurídicas, a imposição de imposto sobre dividendos é percebida como uma forma de dupla tributação, o que pode desestimular investimentos e reduzir a competitividade das empresas brasileiras”, destaca Roberta Santini, da Bravo.

Setores produtivos sugerem ajustes na proposta

Diante das preocupações levantadas, líderes do setor produtivo defendem que a taxação de dividendos seja compensada com uma redução na tributação sobre os lucros das empresas, garantindo maior equilíbrio fiscal e evitando impactos negativos na economia.

Além disso, especialistas alertam que a medida pode não ser suficiente para corrigir distorções do sistema tributário, sugerindo que uma reforma mais ampla seria necessária para garantir maior equidade e eficiência na arrecadação.

“Mais do que medidas pontuais, é essencial que a tributação da renda avance para um modelo que traga simplicidade, equilíbrio entre os diferentes tipos de contribuinte e segurança jurídica. A adoção de um sistema progressivo, aliado à revisão da carga sobre as empresas, é o caminho para corrigir distorções históricas e fomentar um ambiente de negócios mais saudável”, avalia Roberta Santini, da Bravo.

Sobre a Bravo

A Bravo é uma empresa especialista em soluções inteligentes para simplificar as operações das áreas financeira, fiscal e contábil. Com mais de uma década de atuação, mais de 200 mil obrigações fiscais entregues anualmente e 50 bilhões de reais em impostos apurados, faz o desenvolvimento de tecnologia própria, é pioneira no uso de Robotic Process Automation (RPA) e inteligência artificial, além de mais de 15 mil CNPJs geridos com serviços automatizados de Business Process Outsourcing (BPO 4.0) para a otimização das rotinas fiscais.

A empresa conta com um suporte constante que sustenta as operações das soluções fiscais, agindo imediatamente na origem de qualquer problema. A equipe multidisciplinar atua no acompanhamento e garante a detecção, o diagnóstico e a resolução de demandas com rapidez e eficiência.

O objetivo da Bravo é revolucionar a gestão contábil, fiscal e financeira, levando nobreza aos profissionais destas áreas e apoiando-os a se dedicarem plenamente ao crescimento do seu negócio. E para crescer sem perder a nossa essência, apostamos em uma cultura forte.

O Programa Garra é o compromisso social da Bravo que, em parceria com um programa de capacitação profissional, vai impactar a vida de jovens com desenvolvimento pessoal/profissional e oferecer uma oportunidade no mercado de trabalho.

 

By Comunicação Conectada
Foto: Freepik

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Consultor e engenheiro florestal.

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Mario Coso

Engenheiro Florestal e Mestre em Administração. Partner na ESG Tech Consulting.