Transformação digital na indústria: por que deixou de ser opcional?

*Por Tânia Alves

A transformação digital nas indústrias brasileiras já é uma realidade em curso — não mais uma tendência futura. Neste sentido, as empresas estão cada vez mais conscientes da importância de se modernizar, visando obter benefícios como automatização de processos, aumento de produtividade e eficiência, agilidade na tomada de decisão, redução de custos e maior controle sobre suas operações. Diante disso, a digitalização passou a ser condição essencial para competitividade, principalmente entre as médias indústrias.

A pandemia pode ser considerada uma catalisadora da transformação digital. Isso porque, muitas indústrias que ainda resistiam foram obrigadas a se adaptar, adotando soluções como plataformas colaborativas, gestão remota, automação e painéis de controle digitais para manter suas operações em funcionamento. Esse período ajudou a mostrar que a digitalização é o caminho mais seguro para enfrentar cenários de instabilidade e seguir operando com eficiência.

Contudo, mesmo diante de um cenário no qual a digitalização é um caminho sem volta, essa ainda não é uma realidade em todas as organizações. De acordo com a Deloitte and Harvard Business School (HBS), 85% das indústrias globais já começaram algum processo de digitalização, porém, menos de 30% conseguiram integrar totalmente suas operações online e offline.

Diversos obstáculos impedem o avanço da digitalização no setor industrial, desde a integração com sistemas legados, resistência cultural à mudança, carência de mão de obra qualificada para operar novas tecnologias até, sobretudo, a dificuldade de criar uma visão clara de ROI e retorno de valor para justificar os investimentos.

A superação dessas barreiras requer um planejamento estratégico bem definido, programas de capacitação contínua, escolha criteriosa de parceiros tecnológicos, e adoção de uma governança clara que una TI, operações e diretoria em torno dos objetivos de transformação.

O mercado mudou. Clientes exigem mais agilidade e personalização; concorrentes estão cada vez mais tecnológicos; e os próprios modelos de negócio evoluíram. Não investir em transformação digital significa correr o risco de perder relevância, competitividade e previsibilidade. Para se manter no jogo, é preciso se transformar continuamente.

Neste aspecto, é fundamental que as indústrias que ainda não deram esse passo, comecem o quanto antes, visando não ficar para trás nesse movimento. Para isso, é essencial começar com um diagnóstico realista das dores e necessidades da organização; priorizar projetos de alto impacto e rápido retorno (Quick Wins); envolver as equipes desde o início das operações; medir, ajustar e evoluir continuamente a estratégia digital; e escolher tecnologias acessíveis e escaláveis.

Aplicar todos esses passos não é uma tarefa fácil, por isso, ter o apoio de uma consultoria especializada nessa abordagem é um elemento fundamental, visto que uma equipe experiente atua como guia estratégico, não apenas fornecendo a tecnologia, mas traduzindo as necessidades da empresa em soluções práticas e sustentáveis. Além disso, reduz os riscos de erro, aumenta a aderência das soluções ao negócio e assegura que o projeto gere valor real desde o início da jornada até a fase de sustentação.

E, em se tratando da indústria, a aplicação da digitalização, mais do que modernizar as operações a partir do uso de tecnologias, permite ganhos como visibilidade em tempo real dos processos; antecipação de identificação de falhas e gargalos; padronização e menor dependência de controles manuais; e transformar dados operacionais em inteligência estratégica. Todos esses pontos se traduzem na maior agilidade, produtividade, capacidade de resposta ao mercado e, consequentemente, mais competitividade.

É comum vermos alguns negócios pensarem que essa modernização “não é para eles”. No entanto, o movimento de transformação deve ser implementado para todos. Por isso, mesmo que a indústria seja considerada pequena, o importante é começar.  Não espere o momento ideal ou o cenário perfeito. Identifique uma dor clara, escolha uma solução de alto impacto, envolva as pessoas certas e foque em entregar valor rápido. Afinal, transformação digital é um caminho contínuo — e quem começa agora, sai na frente.

Tânia Alves é CEE da Okser.

Sobre a Okser

A Okser é uma consultoria especializada na implementação do SAP Business One. Com 16 anos de expertise, atendendo empresas em todo o território nacional, a empresa já soma mais de 2 mil projetos realizados e mais de 3 mil usuários. A organização vai além, criando soluções tecnológicas personalizadas para lidar com qualquer desafio, simplificando processos e garantindo maior segurança e eficiência operacional.

 

By InformaMídia
Foto: Divulgação

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