
São três anos de espera. Empresários da construção civil tem boas expectativas para o segundo semestre deste ano em seus negócios. Para a CNI, as mudanças no programa Minha Casa, Minha Vida e a queda da taxa básica de juros devem contribuir para a melhora do setor
Novas e reais oportunidades prometem abrir novas portas para o setor da construção civil ainda em 2017. As mudanças vieram junto aos novos objetivos do governo para alavancar a economia brasileira. A ampliação das faixas do Minha Casa, Minha Vida (que não sofriam alterações desde 2015), vão criar pelo menos 150 mil postos de trabalho nos próximos períodos. Confira o que mudou:
– Na faixa 1,5, a renda da família tinha que ser de até R$ 2.350. Passa para R$ 2.600 por mês.
– Na faixa 2, o máximo da renda familiar passa de R$ 3.600 para R$ 4.000.
– A maior mudança é na faixa 3. A família tinha que ganhar até R$ 6.500. Agora, pode ganhar até R$ 9 mil para ter direito.
Segundo o Ministério das Cidades, a meta de contratações para 2017 é de 610 mil unidades em todas as faixas do programa – o que representa o maior número de contratações desde 2014, quando foram contratadas 570 mil unidades habitacionais.
As novas contratações para a faixa 1 terão início em março, conforme a programação orçamentária. Outra mudança importante é que a parte que o governo financia o imóvel será maior:
– Na faixa 1,5, passa de R$ 45 mil para R$ 47,5 mil e
– Na faixa 2, aumenta de R$ 27,5 mil para R$ 29 mil.
O governo também estuda ampliar o valor do imóvel dentro do sistema financeiro de habitação de R$ 950 mil para R$ 1,5 milhão nas capitais, como Rio, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília.
Uma pesquisa das expectativas
De acordo com a pesquisa da CNI, a expectativa de novos empreendimentos e serviços aumentou 1,4 ponto em fevereiro, atingindo 48 pontos. Em relação às perspectivas de compras de insumos e matérias-primas e ao número de empregados, os indicadores subiram 3,0 e 1,4 pontos em fevereiro, na comparação com o mês anterior, e acumulam alta de 6,1 e 4,5 pontos no ano.
Entretanto houve uma leve queda na intenção de investimento em razão da alta ociosidade da indústria da construção e do nível de atividade ainda considerado baixo. O índice recuou de 27,7 pontos, em janeiro, para 26,8 pontos, em fevereiro.
Os dados da Sondagem Indústria da Construção, divulgados recentemente variam em uma escala que vai de zero a 100. Indicadores abaixo de 50 revelam perspectivas negativas e, acima de 50, expectativas de crescimento.
Apesar de a maior parte dos indicadores permanecer abaixo de 50 pontos, o indicador de expectativa de atividade registrou, em fevereiro, índice de 50,3 pontos, um crescimento de 2,9 pontos em relação a janeiro.
“No entanto, os indicadores de emprego, de compras de insumos e de novos empreendimentos permanecem abaixo da linha divisória, embora tenham apresentado crescimento entre janeiro e fevereiro, o que indica menor pessimismo por parte dos empresários”, informou a confederação, em nota.
O levantamento foi feito entre 1º e 13 de fevereiro com 615 empresas de pequeno, médio e grande porte.