*Por Nicolaos Theodorakis
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Nos últimos anos, a madeira engenheirada se tornou uma importante peça para a construção civil. Relevante no mercado nacional e internacional, o material é capaz de reduzir drasticamente o impacto ambiental produzido pelo setor e, com isso, vem conquistando a atenção de inúmeros investidores e profissionais da cadeia.
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Mas como a madeira engenheirada é capaz de atender todas as necessidades da construção civil e, ainda sim, ser altamente sustentável? Basicamente, graças à conexão com a tecnologia. A partir dela, a sustentabilidade existe desde o canteiro de obras, já que, ao contrário do aço e do concreto, dois grandes emissores de CO2, esta tecnologia é carbono neutro e, com isso, se torna um depósito natural do elemento. Isto é, corrobora para o processo de descarbonização das construções e de toda a cadeia.
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De acordo com alguns estudos, um metro cúbico da madeira engenheirada estoca cerca de uma tonelada de dióxido de carbono. Ou seja, renovável e estruturalmente eficiente ao mesmo tempo, este material atende e contribui cada vez mais para os green buildings – edifícios verdes que possuem uma estrutura e processo ambientalmente responsáveis.
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Outro ponto positivo é que, por ser mais leve e tão resistente quanto o concreto e o aço, a madeira engenheirada facilita algumas atividades como o içamento de peças, por exemplo. E vamos além: estabilidade, precisão e, sobretudo, velocidade também são vistas neste novo caminho da construção civil, ao passo que as peças são pré-fabricadas.
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Sendo assim, a madeira engenheirada otimiza o canteiro de obras, ou seja, faz com que o tempo de montagem da construção diminua e, consequentemente, haja redução de esforços em diversas etapas. A partir de medidas precisas e fabricadas milimetricamente, a solução construtiva proporciona além de precisão e versatilidade, mais liberdade e criatividade para a criação dos projetos de arquitetura.
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Não à toa, as edificações em madeira engenheirada são apontadas como o futuro sustentável da construção civil no Brasil e no mundo. Consolidada em países como Alemanha, Áustria, Estados Unidos e França, esta técnica construtiva representa globalmente um mercado de US$ 1,7 bilhão, com potencial de atingir US$ 3,6 bilhões até 2027, segundo relatório divulgado pela consultoria Market Research Future (MRFR).
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Nacionalmente falando, ainda existem algumas barreiras culturais e mitos que devem ser desmistificados, ao passo que esse tipo de edificação é comumente associada a construções de qualidade inferior, fora os receios quanto à resistência da madeira engenheirada em relação a incêndios, umidade e ataque de cupins, por exemplo. Porém, a técnica construtiva aplicada a essa estrutura garante segurança e durabilidade e, justamente, por isso, caminhamos a passos largos no que diz respeito a construções sustentáveis e, principalmente, para a descarbonização do setor.
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Portanto, é inegável que a madeira engenheirada trará ainda mais avanços significativos para os sistemas construtivos, já que além de proporcionar uma beleza estética e arquitetônica única, é verdadeiramente sustentável. Esta jornada inovadora, disruptiva e moderna, apoiada em novas tecnologias e materiais renováveis que preservam a natureza e repensam a qualidade de vida, certamente está apenas começando e ainda transformará muito mais a construção civil em um lugar mais saudável e seguro para todos.
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*Nicolaos Theodorakis é fundador e CEO da Noah, startup que oferece soluções tecnológicas para a construção civil com estruturas em madeira. Empreendedor do Mercado Imobiliário e Financeiro há 10 anos com foco no mercado residencial de alto padrão, tem experiência de mais de 11 anos na área de Investment Banking.
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By Juliana Oliveira | Piar Group
Imagem Principal: Ilustrativa
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