Para a Picsel, a tecnologia é essencial para o seguro agrícola no Brasil
O Brasil se destaca globalmente como um dos principais responsáveis pelo abastecimento de insumos agrícolas, com aproximadamente 10% de suas terras dedicadas ao cultivo agrícola. No entanto, apenas 20% dessas terras são seguradas, de acordo com os dados do Ministério da Agricultura e da CNseg. Nesse cenário, a Picsel, uma startup especializada em soluções tecnológicas para o setor de seguros agrícolas, está transformando a forma como o gerenciamento de riscos agrícolas são feitos.
A empresa trouxe ao mercado uma solução que responde as dores na subscrição, precificação, monitoramento remoto dos riscos até a gestão dos sinistros. Por exemplo, a soluão é capaz de processar até 300 cotações por minuto, já levando em conta mais de 30 anos de dados climáticos e 20 anos de dados satelitais, que podem ser usados para identificar o risco individualizado e auxiliar as Cias Seguradoras a aumentar sua eficiência na etapa de subscrição. O resultado são carteiras de seguros mais equilibradas, impactando diretamente nos resultados econômicos. Melhores resultados podem atrair mais resseguradores. Quanto maior a capacidade, maior a vantagem em atender canais e regiões específicas. Dados da EMBRAPA e do INMET mostram um aumento significativo na ocorrência de secas, geadas e chuvas intensas nos últimos cinco anos, impactando diretamente a produção agrícola. Por exemplo, a safra de 2021/2022 teve perdas de até 40% em regiões do Sul do Brasil por falta de chuva.
“Em um país como o Brasil, em que o crescimento da nossa economia é diretamente afetado pelo desempenho do agronegócio, garantir que os produtores, ou o setor como um todo, estejam segurados para lidar com as mudanças climáticas — principal variável do negócio — pode ajudar, em diferentes escalas, a lidar com um problema global que tem crescido exponencialmente nos últimos anos, ou seja, a segurança alimentar”, explica Vitor Ozaki, CEO da Picsel. A tecnologia aplicada neste contexto não beneficia apenas as safras. De acordo com um estudo da McKinsey (2023), seguradoras que adotam plataformas tecnológicas de precificação e análise de risco podem obter até 30% de melhoria na acuracidade dos modelos de subscrição, além de reduzir até 40% dos custos operacionais e despesas administrativas. Empresas que utilizam intensivamente dados estruturados também conseguem diminuir o índice de sinistralidade ao longo do tempo, devido à seleção mais precisa e técnica dos riscos.
Para Ozaki, a tecnologia com foco na inovação junto com a ciência aplicada são peças fundamentais para a evolução do seguro agrícola. “Para proteger o ator mais importante do nosso agronegócio, ou seja, o produtor rural, o seguro rural precisa se desenvolver. A tecnologia, quando aplicada corretamente, ajuda a precificar melhor o risco, criar produtos mais ajustados às necessidades do produtor rural e tornar o seguro acessível em escala nacional”, afirma. Para o futuro, a marca espera expandir em 60% sua operação, junto às seguradoras e cooperativas, para garantir que tecnologias como análise complexa de dados, modelos de crescimento biofísico de plantas e outras funcionalidades possam ser largamente utilizadas no seguro agrícola em todo Brasil.
Sobre a Picsel
A Picsel é uma insurtech especializada em tecnologia para seguradoras e players do agronegócio, oferecendo uma plataforma que integra todas as etapas do seguro agrícola, da cotação à indenização. Fundada por especialistas e doutores nas áreas de agrometeorologia, ciência de dados, inteligência artificial, atuária e geotecnologia e economia. Com um modelo inovador, a Picsel simplifica e acelera o processo contratação de seguros agrícolas, garantindo mais segurança financeira e sustentabilidade para seguradoras e seus clientes.
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Foto: Freepik