Especialista em segurança e medicina do trabalho destaca que a adoção de medidas preventivas é vista como estratégia fundamental para reduzir afastamentos e fortalecer a cultura corporativa
Em uma medida recente, o governo federal anunciou oficialmente o adiamento da vigência da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-01), que estabelece novas diretrizes sobre saúde mental e bem-estar no ambiente de trabalho. A nova legislação que, inicialmente, deveria entrar em vigor em maio deste ano, agora tem sua data de implementação prorrogada para 2026. Porém, segundo Juciano Massacani, CEO da GraalSeg, rede que é referência em Segurança e Medicina do Trabalho, embora esta decisão seja vista por muitos como um alívio, é importante alertar que as empresas não devem interpretar essa prorrogação como uma oportunidade para deixar de lado a adoção das mudanças necessárias.
O especialista alerta que é essencial iniciar o processo de adaptação a partir de agora para garantir conformidade e promover um ambiente de trabalho mais saudável. “Esse é um tema urgente, não só pela regularização em si, mas pela saúde mental dos colaboradores, tanto que, segundo o Ministério da Previdência Social, o Brasil atingiu em 2024 o maior número de afastamentos por ansiedade e depressão em 10 anos”, ressalta.
A NR-01 tem como objetivo justamente garantir melhores condições de saúde mental para os trabalhadores brasileiros. A norma exige que as empresas implementem programas de prevenção ao adoecimento mental, com foco na identificação de riscos psicossociais no ambiente corporativo, o que inclui a criação de medidas para mitigar fatores como o estresse excessivo, sobrecarga de trabalho e assédio moral. Além disso, a norma também estipula a obrigatoriedade de treinamentos para líderes e gestores sobre como lidar com questões de saúde mental e criar um ambiente mais inclusivo e empático.
Preparação antecipada é chave para uma transição eficaz
Para Massacani, ignorar ou procrastinar o processo de adaptação pode gerar consequências negativas a longo prazo, tanto para a saúde dos colaboradores quanto para a imagem da empresa. “Essa prorrogação oferece uma janela de oportunidade para que as empresas se preparem adequadamente para a nova realidade. Adiar a implementação para o último momento pode resultar em um processo apressado, em que a qualidade das ações e o bem-estar dos colaboradores podem ser comprometidos”, alerta.
Ainda, segundo o especialista, hoje existem consultorias sérias no mercado que atuam na prestação de serviço de segurança e medicina do trabalho que podem auxiliar em todo o processo de adequação da norma. “Quanto antes as empresas iniciarem a adaptação, mais tempo hábil terão para realizar uma transição tranquila, com a devida análise do ambiente de trabalho, com mapeamento dos riscos psicossociais e implementação de soluções efetivas”, avalia.
Além disso, o CEO da GraalSeg explica que investir em saúde mental é uma estratégia inteligente para o sucesso corporativo. Funcionários que se sentem apoiados, compreendidos e respeitados tendem a ser mais engajados, produtivos e comprometidos com os objetivos da empresa, tanto que, segundo informações do estudo Well-Being at Work, realizado pela consultoria Deloitte, 55% dos trabalhadores afirmam que um espaço que prioriza o bem-estar pode melhorar o seu desempenho. Programas de saúde mental bem estruturados também ajudam a reduzir o absenteísmo, as taxas de rotatividade e os custos relacionados a doenças ocupacionais.
Sobre a GraalSeg
Fundada em 2010 em Londrina (PR), a GraalSeg se consolidou como referência em Segurança e Medicina do Trabalho. Com 14 anos de experiência no ramo, a marca ingressou no franchising em 2023, expandindo o modelo de negócio pelo Brasil por meio de três formatos de microfranquia: Home Office, Avançada e Mega. Já são mais de 50 unidades presentes em 17 estados do país, com a atuação de profissionais capacitados, centro de treinamento próprio e uma metodologia focada em proporcionar resultados expressivos nas empresas. Com um faturamento de R$ 2 milhões conquistado em 2024, a GraalSeg prevê alcançar R$ 10 milhões em 2025 e chegar a 300 unidades.
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Foto: Freepik