A utilização de sistemas pré-industrializados na construção de empreendimentos é uma alternativa para o desenvolvimento de projetos sustentáveis na construção civil. Para a arquiteta e gerente de projetos e novos negócios da AMATA, Ana Belizário, adotar esta saída implica em benefícios claros: redução de tempo de obra, equipes enxutas, pouco ou zero desperdício no canteiro, maior precisão e ganho de produtividade.
Para ela, a pandemia do coronavírus é uma oportunidade de repensar os sistemas construtivos e buscar opções ambientalmente corretas para o setor. “Esta é a chance de estudarmos e implementarmos novas soluções nos projetos em desenvolvimento, com o intuito de analisar e entender na prática seus benefícios”, ressalta.
Para Frederico Carstens, sócio diretor da Realiza Arquitetura, sediada em Curitiba, a concepção de um projeto sustentável passa pela escolha dos materiais a serem utilizados na construção. “Os materiais vivos, por exemplo, graças à evolução tecnológica, são uma tendência. Um exemplo é a tinta viva, criada com biotecnologia, que realiza fotossíntese e gera energia. Faz parte de uma nova geração de produtos naturais sintetizados com inteligência, capazes de reagir ao meio ambiente e se adequar ao uso”, ressalta o arquiteto lembrando que o tema já está em estudo em universidades europeias.
Madeira engenheirada: um material renovável
O destaque dentro dos sistemas pré-industrializados é para materiais que sejam renováveis e recicláveis, como a madeira engenheirada. “A matéria-prima é retirada de floresta de manejo, passa pela indústria, pela modelagem e pelo tratamento das peças, que chegam prontas para uso no canteiro de obras”, lembra Carstens sobre o processo de produção.
Tendência mundial na construção civil, a tecnologia inovadora vem avançando ano a ano e permite projetos cada vez mais ousados, sendo realidade em países como Inglaterra, Canadá, Alemanha, Estados Unidos e Austrália.
“A madeira engenheirada é um material renovável, que retira CO² da atmosfera durante o seu crescimento. É leve, resistente, estável e versátil. Gera um canteiro de obras limpo, rápido, seguro e previsível”, ressalta Ana Belizário. Para explicar, ela toma como exemplo um projeto desenvolvido no Canadá, com 18 pavimentos. Foram necessários 70 dias para montar a estrutura de madeira engenheirada.
Para Carstens, a madeira engenheirada é a resposta para grandes obras. A Realiza Arquitetura já possui dois projetos pilotos orçados no material junto à AMATA, sendo um deles um prédio residencial com 8 pavimentos e o outro um edifício comercial com escritórios e lojas. “A madeira engenheirada é uma inovação que une tecnologia no material e no sistema construtivo com a questão ambiental dentro de um cenário de amadurecimento do mercado da construção civil brasileira”, explica.
Saiba mais sobre a madeira engenheirada da AMATA
Associando CLT (Cross Laminated Timber) e Glulam (Glued Laminated Timber), a madeira engenheirada da AMATA apresenta ótimo desempenho estrutural e pode atuar nos edifícios em soluções integradas ou híbridas, colaborando com o concreto armado e aço. “O CLT e o Glulam já existem no mercado há alguns anos. A grande inovação se deu com a evolução da engenharia e dos maquinários, permitindo associação dessas tecnologias e a formação de um sistema inovador”, explica Ana Bastos, CEO da AMATA
Glulam
A Glulam, ou madeira lamelada colada, tem um processo produtivo realizado por meio de colagem de lamelas de madeira, com o sentido das fibras paralelo ao eixo longitudinal da peça. As lamelas são dispostas ao longo de gabaritos mecânicos ou hidráulicos e submetidas a pressão, formando elementos construtivos leves e de grande desempenho estrutural.
Ela pode proporcionar a produção de elementos retos ou com formas curvas e complexas. Sua aplicação estrutural pode ser realizada em pilares, vigas ou arcos em variadas dimensões e comprimentos, dando liberdade para realização dos mais diversos tipos de projetos.
CLT
A produção da CLT, ou madeira lamelada cruzada colada, é realizada por meio de colagem de camadas de lamelas de madeira dispostas lado a lado e empilhadas umas sobre as outras, e sendo organizadas em sentidos opostos. As camadas são submetidas a pressão por meio de prensas hidráulicas. E a reação dos agentes adesivos formam grandes painéis de alto desempenho estrutural.
Esse desempenho está relacionado à tecnologia de cruzamento de lamelas, permitindo que haja uma distribuição de carga bidirecional. Isso gera um produto leve, de dimensionamento estável e uma elevada capacidade de suporte de carga, e que pode ser aplicado nos mais diversos elementos construtivos como paredes, lajes e coberturas.
Conheça alguns edifícios construídos no mundo com a tecnologia da madeira engenheirada:
Prédio em construção em São Paulo com entrega prevista para 2020
Mjøstårnet – Brumunddal – Noruega
Certificado pelo Council on Tall Buildings and Urban Habitat (CTBUH) em 2019 como o prédio mais alto do mundo construído com madeira estrutural, com 85,4 metros. São 18 andares divididos entre hotel, escritórios e restaurantes.
Centro de Design e Inovação – British Columbia – Canadá
Arquitetura: Michael Green Architects | Projeto de 2014
T3 – Mineápolis – EUA
Arquitetura: Michael Green Architects | Projeto de 2016
Moradia Estudantil – Marselha – França
Arquitetura: A+Architecture | Projeto de 2017
Sobre a AMATA
A AMATA é uma empresa brasileira que nasceu com o propósito de manter as florestas em pé. Operamos há 15 anos em comprometimento com as melhores práticas, possuindo hoje quatro operações florestais no território brasileiro. Conectada com as mais inovadoras tendências do mercado, a Amata traz para a construção civil a madeira engenheirada, sendo pioneira da tecnologia em larga escala no país. Por meio de uma indústria de alta tecnologia que produz peças estruturais a partir da madeira pinus, que naturalmente estoca carbono em seu interior, contribui para o equilíbrio do planeta. Essa tecnologia oferece um canteiro de obra mais eficiente, preciso, limpo, silencioso e sem desperdícios. Saiba mais em www.amatabrasil.com.br.
Por Imprensa AMATA
Imagem: Divulgação
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