Segundo assessor do Crea-PR, após ganhar norma ABNT, Wood Frame, de tecnologia importada pelo Paraná, poderá ser ofertado em larga escala em todo o país
Nesse mês de março, quando se comemora o Dia da Engenharia para o Desenvolvimento Sustentável (04), o setor da Engenharia Civil – por meio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) – comemora um avanço de um novo sistema construtivo brasileiro. O método Light Wood Frame está sendo discutido pela Comissão de Estudos (CE) do Sistema Construtivo Wood Frame, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e pode ser normatizado ainda nesse ano.Trazido ao Brasil da Alemanha há 10 anos, a construção em Wood Frame é um processo altamente sustentável executado a partir da extração de madeira de reflorestamento e modelagem em linha industrial. As edificações podem ser executadas em um terço do tempo, em comparação com o método tradicional, além de reduzir a quase zero os resíduos da construção em comparação ao método tradicional por não ter desperdícios no local da obra. Além disso, o processo tem redução de 80% na emissão de CO2 na construção de residências que podem durar cerca de 50 anos.
Após acompanhar a discussão do tema em seu Comitê Empresarial, o Crea-PR esteve envolvido na CE formada para normatizar o Sistema Construtivo Light Wood Frame no Brasil, representado pelo assessor parlamentar e empresarial da presidência do Conselho, o Engenheiro Civil Euclesio Manoel Finati, que é o Coordenador pela ABNT da Comissão de Estudos do Sistema Construtivo Light Wood Frame. Ele explica que todo método construtivo brasileiro – com exceção do tradicional, de alvenaria – precisa passar por uma série de processos de qualificação e aprovações que comprovem sua eficiência, definidos por instituições técnicas avaliadoras, Ministério das Cidades e Caixa Econômica Federal. “Estas aprovações são necessários para o desenvolvimento do sistema construtivo com garantias necessárias ao usuário final e com direito a financiamento habitacional oficial”, conta Finati. Em relação ao custo, as obras erguidas com Wood Frame têm um custo similar ou até menor do que as construções em alvenaria tradicional.
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A discussão sobre a necessidade de normatização do Wood Frame no Brasil teve início em 2016 – com a criação da Comissão de Estudos na ABNT. O grupo de trabalho reuniu mais de 200 pessoas de todo o país, entre fornecedores, indústria, produtores e público final, em reuniões presenciais em Curitiba. No final de 2019, o documento foi enviado para a ABNT e recebeu ajustes ao longo de 2020, atendendo a solicitações da Associação. No início deste ano, em janeiro, o texto foi submetido à audiência pública, com aprovação integral de cerca de 70% dos votos válidos. “Como é normal, a proposta volta para a CE, para novos ajustes. Nosso trabalho agora é nos debruçarmos sobre as questões pontuais que foram identificadas no texto proposto da norma, para tentarmos ajustar o documento e seguirmos com o processo de normatização”, explica o assessor. “Quando a norma estiver pronta, qualquer construtora ou profissional devidamente pertencente ao Sistema Confea/CREA, poderá utilizar esse sistema”, conclui Finati, lembrando que o setor da Construção Civil nesse último ano foi um dos que mais movimentaram a economia do país, mesmo diante da pandemia e dos desafios em outros setores da indústria.
Por Denise Morini
Imagem: Tecverde
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