Desempenho ficou positivo na comparação com o mesmo mês de 2017. Já com relação a dezembro, setor registrou queda de 9%
O varejo de material de construção teve desempenho 3% positivo em janeiro, na comparação com o mesmo mês de 2017. Já com relação a dezembro, o setor registrou queda de 9%. Os dados são da Pesquisa Tracking mensal da Anamaco, que entrevistou 530 lojistas entre os dias 25 a 30 de janeiro.
Segundo o estudo, entre as categorias pesquisadas, tintas foi a que apresentou a maior queda em relação a dezembro (-30%), seguida por revestimentos cerâmicos (-9%). Já telhas de fibrocimento e cimentos tiveram desempenho estável no período.
Tradicionalmente, janeiro é um mês bastante difícil para o nosso setor. Além de ser um período de chuvas, que não favorece a realização de obras, ainda é época de férias escolares – e criança em casa não combina com reforma. Fora isso, com o início do ano chegam os carnês de impostos. É IPTU, IPVA, e muita gente que viajou em dezembro e janeiro acaba reduzindo os gastos no início do ano para compensar, sem falar na fatura do cartão de crédito que sempre sobe nessa época por conta dos gastos extras no Natal e Réveillon , explica o presidente da Anamaco, Cláudio Conz.
De acordo com ele, o primeiro semestre corresponde a cerca de 40% do faturamento do setor no ano. Reforma é uma coisa que exige planejamento, então esse comportamento do consumidor é completamente normal no início do ano. As vendas costumam melhorar por volta do final de março e abril e se fortalecem muito no segundo semestre, principalmente porque as chuvas acabam deixando estragos e uma necessidade de manutenção que as pessoas passam a resolver quando o tempo melhora , completa Conz.
Ainda de acordo com o levantamento, todas as regiões do país apresentaram variações negativas em janeiro, na comparação com dezembro. No Nordeste as vendas caíram 16%, já no Sudeste 9%. No Centro-Oeste a retração foi de 6%, no Sul 4% e no Norte 3%. Para fevereiro, os lojistas estão divididos quanto às suas expectativas: 30% acham que as vendas vão retrair e 32% acham que vão crescer.
Ainda assim, a pesquisa da Anamaco indicou que predomina o otimismo do setor com relação às ações do Governo nos próximos 12 meses (41%). Já a pretensão de realizar investimentos nos próximos 12 meses ficou estável no período, e aumentou a intenção de contratar funcionários na comparação com o primeiro mês do ano (de 12% para 16%).
Para 2018, a Anamaco espera que o setor cresça 8,5% sobre 2017, quando teve um faturamento de R$ 114,5 bilhões. Entre as razões para tal desempenho, a entidade aponta a redução das taxas de juros, da inflação e o aumento do emprego.
A Pesquisa Tracking Anamaco tem o apoio da Anfacer, Abrafati e Instituto Crisotila Brasil.
Sobre a Anamaco
A Anamaco – Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção – é uma entidade de classe, sem fins lucrativos, que funciona como interface entre os órgãos governamentais e as Acomacs e Fecomacs, demais entidades, fabricantes e comerciantes de material de construção. Em 2018, a entidade comemora 54 anos de fundação de seu sistema associativista.
O nosso papel é desenvolver ações junto ao poder público apresentando sugestões e projetos que têm por objetivo aumentar as vendas de material de construção, promovendo o desenvolvimento do setor e do país como um todo. A Anamaco também promove discussões em torno de assuntos que podem interferir diretamente na cadeia produtiva da Construção, como questões ligadas à tributação, projetos de lei etc.
Com cerca de 148 mil lojas em todo o país (incluindo 136.868 lojas varejistas e mais de 12 mil lojas atacadistas), o setor de material de construção é parte integrante do complexo denominado de ConstruBusiness, que representa 9,1% do PIB brasileiro.
Cada R$1 produzido na construção gera R$ 1,88 na produção do país. A cadeia da construção é o 4º maior gerador de empregos do país e remunera seus trabalhadores 11,7% mais do que os outros setores da economia. Em termos reais, o valor adicionado pelo comércio de material de construção cresceu a uma taxa de 8,5% ao ano entre 2007 e 2014, e o emprego expandiu-se a um ritmo de 6,5% ao ano.
Por Imprensa Anamaco
Imagem: @snowing