A Rede Brasil do Pacto Global da ONU lança o Guia de Boas Práticas Anticorrupção da Agroindústria. Produzido por 17 empresas do setor agroindustrial, e com apoio do Ministério da Agricultura (Mapa), o guia é uma iniciativa voluntária dos 44 membros que compõe a Ação Coletiva Anticorrupção do Pacto Global.
O lançamento da publicação ocorreu nesta segunda-feira (18), em evento virtual transmitido pelo canal digital do Mapa, dentro da programação especial para a comemoração dos 5 anos do Programa de Integridade do ministério.
Os 8 temas abordados no Guia foram selecionados após a realização de um mapeamento de riscos de corrupção e compliance nos seis segmentos representados na iniciativa, que são: cítricos; insumos; papel e celulose. proteína; proteína animal; e sucroalcooleiro.
“Muito temos ouvido sobre ESG e sabemos que Governança é um pilar fundamental não somente para a sigla, mas para a sociedade. Não alcançaremos os ODS e toda essa agenda fundamental para a sociedade e o planeta, se não fizermos direito. E fazer direito também é fazer sem corrupção. Por isso é tão importante dividirmos boas práticas entre os setores, mostramos que há um caminho e que ele pode ser seguido. Esse é o grande legado do Guia de Boas Práticas Anticorrupção da Agroindústria”, afirmou Carlo Pereira, diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global da ONU.
Sendo responsável por uma parcela que atualmente representa quase 30% do Produto Interno Bruto (PIB) e quase 50% das exportações, o agronegócio é, sem dúvida, um importante setor produtivo brasileiro. Por conta disso, as regras e os princípios de conduta contidos no Guia foram elaborados com base nas melhores práticas de mercado no combate à corrupção, mas também com uma visão muito clara de como devem ser utilizados pelos setores da agroindústria.
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O Guia de Boas Práticas Anticorrupção da Agroindústria traz análises e boas práticas sobre os seguintes temas: Relacionamento com o Poder Público e Instituições Internacionais; Combate à Corrupção, à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo; Meio Ambiente, Responsabilidade Social, Governança Corporativa e Direitos Humanos; Defesa da Livre Concorrência; Conflito de Interesses; Doações e Patrocínios; Brindes, Presentes e Hospitalidades; e Medidas para Prevenção, Detecção e Correção.
O Guia completo está disponibilizado no site oficial do Pacto Global da ONU.
Sobre a Ação Coletiva do Setor da Agroindústria
A agroindústria representa o setor mais relevante em termos de atividade econômica no Brasil. A soma dos bens e serviços gerados no agronegócio atingiu R$ 1,55 trilhão (aproximadamente 300 milhões de dólares) ou 21,4% do PIB brasileiro. Especialmente no nível local, as empresas desempenham um papel central, gerando receitas e empregos – sendo, portanto, também um interlocutor privilegiado com as autoridades locais, com notável potencial de transformação da realidade local.
A Agroindústria brasileira tem papel relevante na agenda de segurança alimentar em todo o mundo. Diante dos desafios do setor nos últimos anos relacionados a sua reputação e credibilidade, as empresas reforçaram seu compromisso com ações que promovam e fortaleçam a ética e a integridade dos negócios como a Ação Coletiva do Setor da Agroindústria. Iniciada em 2020, tem como objetivo mobilizar o setor em diferentes frentes de atuação para consolidar um ambiente ético e saudável, com integridade e livre de corrupção, criando um estímulo à defesa da concorrência justa para gerar novas oportunidades de negócios em bases sustentáveis. Seu propósito é fornecer orientações e compartilhar boas práticas para empresas de todos os portes e diferentes organizações do setor com o intuito de ser uma ferramenta educativa e de conscientização, contribuindo para o combate à corrupção e a promoção da integridade no Brasil.
A Ação Coletiva do Setor da Agroindústria faz parte do Projeto Escalando as Ações Coletivas Anticorrupção nas Redes Locais do Pacto Global financiado pela Terceira Rodada da Iniciativa de Integridade da Siemens com duração de 4 anos (2019-2023). Por ser uma ação global, redes locais de outros países, além do Brasil, também participam deste projeto.
By Thiago Perdigão
Imagem: divulgação
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