Negociação estratégica e gestão de riscos são ferramentas para evitar prejuízos milionários às empresas

Relatório do CNJ mostra aumento de 11,3% na judicialização trabalhista em 2023; para o advogado Sandro Wainstein, negociação e gestão de risco se tornaram ferramentas decisivas para a saúde das empresas.

Em um cenário marcado por aumento na judicialização e instabilidade econômica, empresas brasileiras enfrentam desafios crescentes na resolução de conflitos. Dados do relatório Justiça em Números 2023, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), apontam, por exemplo, que a Justiça do Trabalho recebeu 11,3% mais processos naquele ano do que no ano anterior. No Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), o número de ações ajuizadas saltou de 481 mil em 2020 para mais de 700 mil em 2024 — um crescimento de quase 45% em quatro anos.

Para o advogado Sandro Wainstein, especialista em gestão de risco e negociação, esse movimento acende um alerta: muitas empresas ainda negligenciam estratégias preventivas e acabam arcando com prejuízos evitáveis.“O custo de um processo vai muito além das despesas jurídicas. Há desgaste nas relações comerciais, perda de tempo produtivo, risco à imagem da empresa e, muitas vezes, impacto direto na operação. Negociar de forma estratégica é hoje um diferencial competitivo”, afirma Sandro.

Ele destaca que métodos alternativos de resolução de conflitos — como mediação, arbitragem e acordos extrajudiciais — têm ganhado espaço no Brasil, mas ainda enfrentam resistência cultural em alguns setores. “É comum ver empresários que só buscam apoio jurídico quando o conflito já escalou. Mas o ideal é atuar antes, com gestão de riscos bem estruturada, cláusulas contratuais bem definidas e canais de diálogo constantes. Isso evita litígios e fortalece relações comerciais no longo prazo”, explica.

Há o exemplo recente do caso de uma seguradora que optou pela gestão de riscos e investiu R$ 5 milhões para ampliar sua central de monitoramento. Essa iniciativa permitiu à empresa monitorar mais de 20 mil viagens, transportando mercadorias avaliadas em R$ 115 bilhões. Como resultado, conseguiu reduzir a sinistralidade para 50,3% e recuperar 52% dos sinistros registrados, demonstrando como a gestão de riscos pode proteger ativos e melhorar a eficiência operacional.

Além de preservar recursos, empresas que optam por gestão de riscos e acordos bem conduzidos ganham em previsibilidade e segurança. Em tempos de incertezas econômicas e concorrência acirrada, a capacidade de resolver conflitos sem ruídos se mostra como uma competência valiosa. “Negociar com inteligência não é abrir mão de direitos, é saber defender interesses de forma mais eficaz e econômica”, conclui Wainstein.

Mais informações sobre a consultoria de Sandro Wainstein e formas de contato estão em: www.wainstein.com.br.

 

By Camejo
Foto: Divulgação

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