*Por Nicolaos Theodorakis
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Popularmente conhecida em países do hemisfério norte, a madeira engenheirada tem conquistado holofotes na construção civil nacional. Tida como o material construtivo do futuro, a madeira alcançou a engenharia, justamente por apresentar uma estrutura leve, sustentável e industrializada, na qual é possível aplicar todos os conceitos relacionados a Lean Construction – sigla em inglês para construção enxuta – e de BIM.
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De acordo com um levantamento da WoodWorks, 1.502 projetos multifamiliares, comerciais e institucionais foram construídos ou projetados em madeira engenheirada nos Estados Unidos até junho de 2022, o que representa um ponto de inflexão para a indústria da construção global, ao passo que há uma crescente pressão por métodos construtivos mais sustentáveis, capazes de contribuir para a descarbonização do setor.
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A madeira engenheirada traz, além dos benefícios da industrialização, menores prazos e maior produtividade, com possibilidades de inúmeros perfis de edificações. Aliás, a técnica construtiva corrobora para a mitigação do carbono, uma vez que 1 m³ da madeira, por exemplo, é capaz de retirar 1 tonelada de CO2, contribuindo assim para a redução do efeito estufa.
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Hoje, a madeira engenheirada representa globalmente um mercado de US$1,7 bilhão, com potencial de atingir US$3,6 bilhões até 2027, segundo relatório divulgado pela consultoria Market Research Future (MRFR). Logo, é inegável que, unindo tecnologia e industrialização a uma matéria-prima renovável, a solução construtiva resolve as principais dores da construção civil, oferecendo ao canteiro de obras previsibilidade, rapidez, segurança, produtividade e, consequentemente, menos desperdício.
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Porém, para entendermos melhor o potencial construtivo deste material, que tal conferir como ele tem sido adotado no resto do mundo? Confira alguns empreendimentos inspiradores:
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Na Noruega, por exemplo, podemos citar o Mjøstårnet. Tido como o segundo edifício construído em madeira mais alto até hoje, ao todo, são 81 metros de altura. O empreendimento possui 18 pavimentos e mais de 11,3 mil metros quadrados, abrigando desde apartamentos, um hotel, restaurante, escritórios e espaços de uso comum, como uma área de piscina de 4.700 m². Este projeto enfatizou a redução significativa do cronograma de obra aliada à força de trabalho necessária.
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Já na Holanda, temos o HAUT, o maior arranha-céu de madeira construído no país, que conta com 21 pavimentos e uma vasta opção de tamanhos de apartamentos, andares, layout, disponibilizando espaços com pé-direito duplo e varandas ao ar livre.
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Por sua vez, o Canadá conta com o Brock Commons Tallwood House, edifício da moradia estudantil da University of British Columbia (UBC), que possui 53 metros de altura e a capacidade de abrigar até 404 alunos, contando com uma série de unidades de quartos ou estúdios, espaços de estudo e convívio, e até um lounge para os estudantes na cobertura.
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No Brasil, a tecnologia está presente na nova ala da Pinacoteca, localizada em São Paulo, e na loja Dengo de chocolates, no bairro paulistano de Pinheiros. Mas, ainda há muitos projetos por vir, a exemplo do Arvoredo, primeiro condomínio residencial construído em madeira engenheirada no país, que reunirá alta tecnologia, sofisticação e sustentabilidade, e está previsto para ser entregue no final do primeiro semestre de 2024 em São Paulo, além de dois empreendimentos no setor varejista, um na capital paulista e outro no Rio Grande do Sul.
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Diante desses exemplos, podemos concluir que o mundo está repleto por uma pluralidade de aplicações que enfatizam, principalmente, o potencial da madeira engenheirada no mercado de construção civil. Desafiando o setor, a técnica construtiva tem nos tirado da zona de conforto, com o intuito de desenvolver cada vez mais edificações inovadoras e sustentáveis!
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*Nicolaos Theodorakis é fundador e CEO da Noah, startup que oferece soluções tecnológicas para a construção civil com estruturas em madeira. Empreendedor do Mercado Imobiliário e Financeiro há 10 anos com foco no mercado residencial de alto padrão, tem experiência de mais de 11 anos na área de Investment Banking.
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By Beatriz Magalhaes | PiaR Group
Imagem Principal: Ilustrativa
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