*Por Cintia Valente
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Nos últimos anos, temos presenciado o mundo todo promover vastas discussões sobre um dos temas mais importantes: sustentabilidade. Muito além do que algumas pessoas pensam, esse conceito não trata apenas de preservar o meio ambiente. Ele vai muito além e chegou-se ao ponto do que conhecemos por Economia Circular.
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Como já existem milhares de notícias sobre isso, não vou me alongar, mas em linhas gerais o conceito vai em linha oposta à economia tradicional, onde há um grande descarte irregular de resíduos na natureza. Na Economia Circular a proposta é que todos os resíduos sejam reaproveitados para a produção de novos produtos, ou seja, restos de frutas viram adubos, plásticos PET viram tecidos, entre tantas outras possibilidades.
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Nosso país ainda engatinha nesse sentido, mas existem gestores realmente empenhados em promover mudanças estruturais para que a Economia Circular seja uma realidade para os brasileiros. Para se ter uma ideia, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas, o Brasil é o campeão no ranking de geração de lixo, com produção de cerca de 541 mil toneladas diárias, quando comparado aos nossos vizinhos na América Latina.
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Vale lembrar que a Economia Circular era, há bem pouco tempo, baseada nos chamados três “Rs”, sendo reduzir, reutilizar e reciclar. O ponto é que, com o mundo em ebulição, além da geração de lixo, há também o esgotamento de matérias-primas. Estudos do relatório Ellen MacArthur Foundation, uma organização que estimula a adoção da Economia Circular em diferentes países, indicam que cerca de 82 bilhões de toneladas de matéria-prima são inseridas no sistema produtivo mundial, por ano.
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Se tais informações ainda não te convenceram de que o conceito de Economia Circular é essencial para a evolução de toda a sociedade, talvez seja a hora de repensarmos nossas ações diárias e aplicarmos os novos “Rs” desse modelo, sendo economia restaurativa e regenerativa.
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Nesse novo caminho, produtos como máquinas de lavar ou mesmo os milhares de celulares espalhados pelo país, que são trocados ano após ano, seriam desmontados, analisados, reutilizados na produção de novos e diferentes produtos e poderiam, eventualmente, voltar até mesmo para as próprias mãos do dono anterior.
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Para finalizar, ainda com base em dados da organização Ellen MacArthur Foundation, listo três princípios básicos para que possamos fazer com que a Economia Circular saia do papel e passe a fazer parte do nosso cotidiano, sendo:
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- Redução do desperdício a partir da restauração e do melhor aproveitamento de rendimento dos recursos naturais;
- Estímulo para produzir resultados positivos em toda a cadeia, ou seja, ações que promovam conscientização em todos os pontos de contato, desde a criação do produto, passando pelo uso, descarte e reuso;
- Preservação e uso eficiente do capital natural
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Somente baseados nessa tríade, seremos capazes de mudar o mundo ao nosso redor. Pense nisso!
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Cintia Valente é CMO e Sócia da Noah, startup que oferece soluções tecnológicas para a construção civil a partir da madeira engenheirada.
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By Juliana Oliveira | PiaR Group
Imagem Principal: Ilustrativa
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