*por Nicolaos Theodorakis
Processo contínuo e de revisão estratégica do negócio, a agenda ESG, sigla em inglês para práticas ambientais, sociais e de governança, tornou-se um caminho sem volta, ao passo que o conceito está cada vez mais presente no centro da consciência coletiva.
E, claro que o setor da construção civil não poderia ficar de fora. Afinal, de acordo com um estudo do Conselho Internacional da Construção (CIB), mais de um terço dos recursos naturais extraídos no Brasil são para a indústria da construção e 50% da energia gerada abastece a operação das edificações. Considerada uma das campeãs em poluição ambiental no Brasil, a construção civil é responsável por mais de 50% dos entulhos, entre construções e demolições, e a que mais produz resíduos sólidos, líquidos e gasosos.
Nesse sentido, o Brasil infelizmente ainda recicla pouco a quantidade de resíduos produzidos na construção civil. Não à toa, a madeira tem retomado seu posto de destaque nos últimos anos, por ser o único material renovável e estruturalmente eficiente ao mesmo tempo.
Vale ressaltar que a madeira engenheirada já é vista como a mais nova tendência na construção civil. Considerada resistente, leve e sustentável, o material ganhou destaque no Brasil e no mundo, principalmente diante da discussão sobre como reduzir as emissões de carbono do setor.
Basicamente, o material é submetido a diversos processos industriais que agregam qualidade e homogeneidade, transformando-a em um produto com excelente desempenho técnico-construtivo. Além disso, há diversos tipos de madeira engenheirada, como o Glue Laminated Timber ou Glulam (MLC), equivalente a Madeira Laminada Colada, utilizada para vigas e pilares, e o Cross Laminated Timber (CLT), Madeira Laminada Cruzada, usado na confecção de lajes e paredes estruturais.
Dessa forma, o material é capaz de reduzir drasticamente o impacto ambiental produzido pela construção civil ao ser um depósito natural do CO2: um metro cúbico do material retira cerca de uma tonelada de dióxido de carbono da atmosfera. Em suma, quando pensamos em revolucionar a forma de construir, a madeira engenheirada é imprescindível para o setor. Ela entrega estabilidade, resistência, leveza, precisão, sustentabilidade e ainda otimiza o período de construção, ao passo que as peças são pré-fabricadas.
Por fim, tida como o futuro da construção civil, a madeira engenheirada já representa globalmente um mercado de US$ 1,7 bilhão, com potencial de atingir US$ 3,6 bilhões até 2027, segundo relatório divulgado pela consultoria Market Research Future (MRFR). Apoiada principalmente pela alta demanda dos green buildings, esta tendência deve estar ainda mais presente nos empreendimentos em 2023.
Nicolaos Theodorakis é fundador e CEO da Noah, startup que oferece solução tecnológica para a construção civil com estruturas em madeira. Empreendedor do Mercado Imobiliário e Financeiro há 10 anos com foco no mercado residencial de alto padrão, tem experiência de mais de 11 anos na área de Investment Banking.
Imagens: Renata Sobral
Piar.Group
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