No terceiro semestre de 2020, o país produziu 5,37 milhões de toneladas de celulose, de acordo com dados divulgados pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), um crescimento de 7,5% em relação ao mesmo período de 2019. O bom desempenho registrado animou o mercado e as principais indústrias do setor avaliam que 2021 será um ano favorável tanto para a fibra curta quanto para a fibra longa.
No entanto, ainda que a indústria brasileira de papel e celulose esteja em pleno desenvolvimento, essa é uma das atividades que mais gera resíduos (como lama de carbonato, rejeito de fibras e lodo primário) que podem causar grandes impactos ao meio ambiente se não forem tratados corretamente.
Por isso, para Leo Cesar Melo, CEO da Allonda, empresa de engenharia com foco em soluções sustentáveis, é urgente que estas companhias invistam na eliminação e/ou na redução dos efeitos negativos do processo de produção industrial. Uma das alternativas é implantar tecnologias que permitam a adoção da economia circular na cadeia produtiva, ou seja, transformar resíduos que seriam destinados aos aterros em insumos para outras atividades.
“A valoração de resíduos é uma forma inovadora e sustentável de agregar melhorias contínuas em processos, produtos e sistemas, seja no princípio financeiro ou ambiental. Essa técnica possibilita que os resíduos sejam vistos como solução, utilizando tecnologias de tratamento para transformá-los em matérias-primas nobres”, explica o executivo.
Do ponto de vista financeiro, ele explica que a empresa terá vantagens com uma demanda menor no transporte e deslocamento desses resíduos e redução ou até mesmo inutilização de aterros, por exemplo. Além disso, as matérias-primas resultantes da valoração podem ser utilizadas tanto na própria fonte geradora, quanto no mercado comum e em outras indústrias.
“Qualquer empresa pode aplicar economia circular em sua cadeia produtiva. O principal requisito é o interesse”, conclui o CEO da Allonda.
Por Ex-Libris Comunicação Integrada
Imagem: divulação