Estudos mostram o eucalipto e a pariparoba como eficazes contra o gorgulho-do-milho
Pesquisadores identificam plantas que podem combater praga em produções estocadas
Após 17 anos pesquisadores divulgam resultados dos estudos apresentando alternativas naturais aos defensivos agrícolas sintéticos, proporcionando benefícios ao meio ambiente e à sociedade.
Segundo o coordenador do Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional, Silvio Fávero, a praga impacta principalmente, a perda de peso, de valor comercial e a capacidade nutritiva do alimento “O Sitophilus zeamais está entre os insetos que causam grandes prejuízos para produções estocadas.
Para controlar os insetos e proteger a produção, a alternativa dos agricultores é o uso de inseticidas sintéticos, o que, segundo o engenheiro agrônomo, provoca desequilíbrios ecológicos e prejudica o meio ambiente, bem como a saúde humana. “A resistência de pragas a inseticidas, crescente no Brasil, exige o uso integrado de outros métodos. Uma das alternativas mais efetivas tem sido a manipulação de produtos naturais, principalmente aqueles de origem vegetal”, explica Fávero.
Chefiando os estudos, Fávero e a equipe composta por oito pesquisadores constataram que a pariparoba, reconhecida por propriedades antimalárica, vermífuga e anti-inflamatória, e as espécies de eucalipto Urocam VM1, Torelliodora, Urocam VM, Grancam 1277, Corymbia Citriodora, Urophylla 224, Urograndis I 144, Urograndis I1528 são as mais tóxicas para o gorgulho-do-milho.
Este ano, a pesquisa entrará em nova fase e os testes serão feitos a campo, ou seja, em paióis e armazéns de grãos. Os resultados permitirão a formulação para a produção de escala industrial em alguns anos.
Fonte:Capital News por Flavia Andrade