Evento irá reunir os principais diretores do setor florestal brasileiro em dois dias de debates em São Paulo
O uso de material com origem em florestas plantadas faz parte do nosso cotidiano. Móveis e objetos de madeira, papel para impressão, embalagens, caixas e uma diversidade linha de produtos. A biomassa florestal, combustível para tantas indústrias do país, também vem de florestas plantadas. Outro derivado, a celulose, está em cosméticos e medicamentos. Novas pesquisas apontam para a versatilidade deste composto e seu uso na nanotecnologia.
De acordo com a principal instituição do setor florestal no Brasil, a IBÁ (Industria Brasileira de Árvores), o setor foi responsável em 2018 por US$ 10,7 bilhões em exportações, finalizando o ano com uma receita bruta de R$73,8 bilhões. Ainda segundo a IBÁ, o segmento gera 3,7 milhões de empregos no país e tem previsão de investimentos na ordem de R$19,3 bilhões até 2022. “Trata-se de um setor economicamente muito importante, que representa cerca de 6,1% do PIB Industrial e é responsável por 4,1% de todas as exportações do Brasil”, afirma Paulo Hartung, presidente da IBÁ.
Para o diretor de negócios na América Latina da Forest2Market do Brasil, Marcelo Schmid, existe uma forte tendência de o preço da madeira aumentar. “Temos visto há pouco mais de um ano, em diferentes mercados, o preço da madeira subir. Trata-se de um efeito natural, pois a demanda por madeira vem crescendo”, explica ele. Segundo Schmid, a principal causa é o consumo industrial, que está mais acelerado do que a produção florestal. “Temos várias novas indústrias consumidoras de madeira sendo plugadas ao nosso sistema. Algumas empresas como Berneck, Klabin e WestRock estão expandindo ou abrindo novas unidades. Uma nova fábrica no Mato Grosso do Sul deve ser anunciada em breve. E em Minas Gerais a siderurgia, grande consumidora de madeira energética, está se recuperando. Somado a tudo isso, a exportação de madeira em tora ou em cavaco,está cada vez maior”, afirma ele. A consequência, segundo Marcelo Schmid, é um aquecimento expressivo do mercado, gerando demanda por madeira e aumento do preço da matéria-prima. “De uma forma geral, a perspectiva para os próximos anos é boa para quem vende madeira”, conclui ele.
Todos esses números confirmam que o setor de florestas plantadas é extremamente relevante para o Brasil. Contudo, a instabilidade econômica e política do país nos últimos anos afugentou investidores e deixou nosso desenvolvimento muito aquém do esperado. A insegurança jurídica e processos altamente burocráticos também não são nada estimulantes para os empresários que pensam em investir na silvicultura nacional.
Por outro lado, o consumo por madeira e produtos madeiráveis continua crescendo no mundo todo. É um produto renovável, biodegradável e sustentável, que contribui expressivamente para o sequestro de carbono. Outro ponto que joga a favor do Brasil são as ótimas condições de clima e solo de algumas regiões do país. O Sul, para o cultivo de pinus; e Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste para o eucalipto.
Todo este cenário será discutido pelos principais gestores florestais do país, no HDOM Summit, dias 10 e 11 de abril, em São Paulo (SP). O encontro vai reunir um número significativo de profissionais e tomadores de decisão de empresas florestais atuantes no Brasil.
Ricardo Malinovski, diretor de marketing da empresa organizadora, explica que HDOM é um termo usado no manejo florestal, que trata de uma das variáveis utilizadas para calcular o volume de madeira existente em uma floresta. “É um evento direcionado a gestores, que estão preocupados com o cenário nacional dos próximos anos. Vamos reunir os principais atores do setor, para compartilhar suas experiências e perspectivas de mercado, em dois dias de debates”, conta ele.
Sobre o HDOM Summit
O HDOM Summit é organizado pela Malinovski, e está marcado para os dias 10 e 11 de abril, no Hotel Blue Tree Faria Lima, em São Paulo (SP). Mais de 20 profissionais já estão confirmados para debater o cenário de atratividade do setor florestal, perspectivas, inovações, competitividade, investimento e desafios das empresas na gestão de seus ativos florestais. O grande objetivo é ampliar a visão dos participantes sobre investimento e gestão florestal, ouvindo e interagindo com profissionais renomados e com larga experiência no mercado. Serão palestras, painéis e discussões sobre temas relevantes para o desenvolvimento do setor. “Além de tudo é uma ótima oportunidade de networking entre os participantes”, conclui o diretor da Malinovski.
O que: HDOM Summit
Quando: 10 e 11 de abril
Onde: Hotel Blue Tree Faria Lima, em São Paulo (SP).
Saiba mais em: www.hdomsummit.com.br
Por Estações Comunicação
Imagem: Divulgação