Setor fechou o primeiro trimestre de 2018 com desempenho 3% acima do mesmo período de 2017
O varejo de material de construção fechou o mês de março com desempenho 10% superior em comparação a fevereiro. Na comparação sobre o mesmo período do ano anterior, as vendas no setor cresceram 2%, segundo a Pesquisa Tracking mensal da Anamaco, que entrevistou 530 lojistas entre os dias 26 a 29 de março.
Historicamente, março é um mês de retomada de obras, pois é como se fosse o primeiro mês ativo do ano, de retomada da rotina de aulas, trabalho, fim de férias, o que contribui para que as pessoas voltem a construir e reformar. As águas de março também trazem essa necessidade de reforma, principalmente de reparos no telhado e cuidados relacionados a infiltrações e tudo isso movimenta o setor , explica o presidente da Anamaco, Cláudio Conz.
Segundo o estudo da entidade, todas as regiões do País apresentaram variações positivas no mês, com destaque para o Nordeste (15%), Centro Oeste (12%), Sudeste (10%), Sul (9%) e Norte (7%). Fevereiro foi um mês bastante abaixo do que esperávamos, e março voltou ao patamar de crescimento que estávamos prevendo inicialmente. O aumento do número de empregos e a redução dos juros devem nos dar ainda mais fôlego e acreditamos que fecharemos 2018 com 8,5% de crescimento sobre o ano passado , completa Conz.
O presidente da Anamaco mencionou ainda uma pesquisa realizada pela Pyxis Consumo Material de Construção, que indicou que os brasileiros devem gastar R$ 162,5 bilhões em materiais de construção até o final do ano, impulsionados principalmente pelo aumento do consumo da classe B, que deve ser responsável por 42% desse total. A classe C também deve impulsionar o crescimento do setor, pois quando a economia melhora, essas pessoas voltam a investir na melhoria da casa. Além disso, o Governo continua implementando o Cartão Reforma em todos os estados da federação, assim as famílias de baixa renda poderão contar com o subsídio para a compra de material de construção , afirma Conz.
De acordo com o levantamento da Anamaco, dentre as categorias pesquisadas, tintas foi a que teve o melhor desempenho no mês, com um crescimento de 15% sobre fevereiro. Já revestimentos cerâmicos cresceram 9%, seguidos de telhas de fibrocimento (7%). Para abril, 63% dos entrevistados acreditam que as vendas serão superiores a março.
Cerca de 12% dos lojistas pretendem realizar investimentos nos próximos 12 meses, e 15% pretendem contratar novos funcionários em abril. Já o otimismo com relação às ações do Governo nos próximos 12 meses retraiu de 39% para 34%.
Realizada pelo Instituto de Pesquisas da Anamaco, a Pesquisa Tracking Anamaco tem o apoio da Anfacer, Abrafati e do Instituto Crisotila Brasil.
Sobre a Anamaco
A Anamaco – Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção – é uma entidade de classe, sem fins lucrativos, que funciona como interface entre os órgãos governamentais e as Acomacs e Fecomacs, demais entidades, fabricantes e comerciantes de material de construção. Em 2018, a entidade comemora 54 anos de fundação de seu sistema associativista.
O nosso papel é desenvolver ações junto ao poder público apresentando sugestões e projetos que têm por objetivo aumentar as vendas de material de construção, promovendo o desenvolvimento do setor e do país como um todo. A Anamaco também promove discussões em torno de assuntos que podem interferir diretamente na cadeia produtiva da Construção, como questões ligadas à tributação, projetos de lei etc.
Com cerca de 148 mil lojas em todo o país (incluindo 136.868 lojas varejistas e mais de 12 mil lojas atacadistas), o setor de material de construção é parte integrante do complexo denominado de ConstruBusiness, que representa 9,1% do PIB brasileiro.
Cada R$1 produzido na construção gera R$ 1,88 na produção do país. A cadeia da construção é o 4º maior gerador de empregos do país e remunera seus trabalhadores 11,7% mais do que os outros setores da economia. Em termos reais, o valor adicionado pelo comércio de material de construção cresceu a uma taxa de 8,5% ao ano entre 2007 e 2014, e o emprego expandiu-se a um ritmo de 6,5% ao ano.
Por Imprensa Anamaco
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