CEBDS e Febraban estão empenhados em envolver grandes grupos e organizações empresariais nas recomendações da Força-Tarefa para Divulgações Financeiras Relacionadas às Mudanças Climáticas (TCFD), lançada no país nesta terça
Foram lançadas nesta terça-feira (12) no Brasil as recomendações da Força-Tarefa para Divulgações Financeiras Relacionadas às Mudanças Climáticas (Task Force on Climate-related Financial Disclosures-TCFD), do Financial Stability Board (FSB), para grandes grupos e organizações empresariais aderirem a pilares de governança, estratégia, risco climático e disclosurede informações. A proposta é que a versão em português estimule empresas, bancos e seguradoras com atuação no Brasil a aderir e implementar essas recomendações, de maneira que possam contar para o mercado como os riscos climáticos podem afetar seus negócios. O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), que tem 60 grandes empresas associadas, vem trabalhando há mais de um ano na aproximação dos grandes grupos com esse tema. Das 1.200 instituições que já seguem o TCFD no mundo, apenas 20 atuam no Brasil.
“O grande ganho da TCFD é que o risco climático sai da agenda da sustentabilidade e vai para a agenda do setor financeiro, dos investidores. Eu entendo que essa agenda, em conjunto com a da precificação do carbono, é fundamental para a retomada da economia em novas bases”, afirmou Marina Grossi, presidente do CEBDS, durante o webinar de lançamento, que contou com a participação de executivos e especialistas.
Os riscos climáticos figuram hoje no Top 5 dos mais impactantes identificados pelo Fórum Econômico Mundial, com potencial de alto impacto para a estabilidade do sistema financeiro global. “As recomendações da TCFD estão diretamente relacionadas à gestão desses riscos”, destacou Michael Rosenauer, diretor da GIZ no Brasil. O entendimento é que o risco climático é um problema mais sério do que atentado terrorista, que tem impacto imenso, mas é pontual. O risco climático é global e afeta todas as economias ao mesmo tempo. “As consequências dos riscos climáticos podem ser mais catastróficas que as da pandemia da Covid-19”, alertou Denise Pavarina, vice-presidente da TCFD na América Latina.
O projeto de implementação das recomendações da TCFD prioriza alguns setores da economia brasileira – grandes emissores, como energia, transportes, material de construção, agricultura (alimentos e produtos florestais) e, no setor financeiro, bancos, seguradores, fundos de pensão e de investimentos e gestores de ativos – e tem a parceria da Bloomberg, CEBDS, Febraban e CVM.
Também participaram da webinar Mary Schapiro, vice-presidente de Políticas Públicas da Bloomberg; Marcelo Barbosa, presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM); e Mário Sérgio Vasconcelos, diretor de Sustentabilidade da Febraban.
Sobre o CEBDS
O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) é uma associação civil sem fins lucrativos que promove o desenvolvimento sustentável por meio da articulação junto aos governos e a sociedade civil, além de divulgar os conceitos e práticas mais atuais do tema. Fundado em 1997, reúne cerca de 60 dos maiores grupos empresariais do país, responsáveis por mais de 1 milhão de empregos diretos. Representa no Brasil a rede do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), que conta com quase 60 conselhos nacionais e regionais em 36 países e de 22 setores industriais, além de 200 grupos empresariais que atuam em todos os continentes. www.cebds.org
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Por Imprensa CEBDS
Imagem: Ilustração