*Por Ravi Krishnamoorthi, Vice-presidente sênior e chefe de serviços de negócios e aplicativos da Fujitsu EMEIA
A indústria de manufatura como um todo já começa a olhar para a Transformação Digital como a resposta à queda da produtividade e à falta de inovação. O investimento em novas tecnologias já está em ascensão e grande parte dos fabricantes planeja investimentos estratégicos em ferramentas transformadoras, como assistentes virtuais digitais e automação de processos robóticos – todos componentes-chave da “fábrica digital”.
Entretanto, para grande parte das empresas manufatureiras, a complexidade da tecnologia pode ser como uma barreira. Além de aumentar o tempo necessário para colocar novos produtos no mercado, essa complexidade também exige medidas de segurança que impactam na produtividade.
Quando exploramos o futuro da indústria de manufatura, devemos avaliar as principais forças que moldam os negócios hoje: as novas gerações no mercado de trabalho, o desejo por trabalhar de forma mais ecologicamente correta e com flexibilidade, além do papel da tecnologia digital para viabilizar tudo isso. Também é necessário abordar os desafios específicos que ameaçam a indústria de manufatura e avaliar a indústria hoje em contraste com o que ela pode ser daqui 10 anos.
Um motor para o crescimento
O local de trabalho em empresas de manufatura tem um enorme potencial para ser um motor de crescimento caso sejam adotadas iniciativas de Transformação Digital. O objetivo final dos fabricantes deve ser o de criar “fábricas digitais”: espaços que usam produtos e serviços inteligentes para se tornarem sistemas de produção ciber-físicos altamente eficientes e integrados.
Isso significa buscar maneiras de fornecer aos colaboradores maior mobilidade dentro das instalações da fábrica e adotar tecnologias como IoT para rastrear o progresso das tarefas de produção e alertar as pessoas sobre falhas na fábrica por meio de dispositivos móveis. Além disso, a automação e uso de sensores com manutenção preditiva pode aumentar a eficiência e proporcionar aos funcionários uma melhor experiência no trabalho.
A verdadeira inovação vem do processo, não do produto
Não se trata apenas de adicionar novas tecnologias. Desenvolver um ambiente de trabalho digital também é uma questão de mudar as políticas.
Estruturas organizacionais e até mesmo funções de trabalho terão que mudar para refletir o fato de que uma força de trabalho engajada digitalmente pode fazer mais do que nunca. E com maior eficiência.
É preciso uma mudança de cultura em torno de velhas ideias sobre maneiras de trabalhar e os colaboradores precisam ter a oportunidade de aproveitar a flexibilidade aumentada no local de trabalho oferecida por um ambiente digital.
As empresas de manufatura precisam lembrar que o local de trabalho ideal muda a todo momento e, daqui anos, teremos um novo ideal a ser buscado – e é por isso que é um momento tão empolgante para trabalhar em nossa indústria.
Por Aline Vieira
Imagem: Divulgação