As soluções de telemetria – que permitem a transmissão remota de dados – não são, exatamente, uma novidade. Porém, no Brasil, ainda estamos nos primeiros passos, especialmente na silvicultura e no processo de colheita do setor florestal. Um dos maiores desafios para a implementação mais abrangente da telemetria se dá pela falta de estrutura das telecomunicações no país.
Segundo levantamento feito pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) até abril de 2020, cerca de 33 milhões de pessoas tinham acesso à banda larga – num país com 209 milhões de habitantes. Em contrapartida, o diagnóstico também aponta que a capacidade satelital brasileira saltou de 68,1 GHz em 2016 para 129,4 GHz em 2019. Esse crescimento demonstra que estamos no caminho para alcançar áreas remotas e expandir a capacidade de comunicação. Um passo a mais para tornar a telemetria mais presente no agronegócio.
E por que é importante avançar nisso? Uma série de benefícios podem ser alcançados com o uso intensivo da telemetria. Por exemplo, o acompanhamento dos processos de aplicação de insumos (fertilizantes, defensivos, sementes etc), itens que correspondem por mais da metade dos custos de produção em praticamente qualquer cultura. Com a informação em tempo real, a correção de eventuais desvios pode ser feita antes que o talhão/fazenda termine, evitando o excesso ou falta de material. Dessa forma, reduzimos os custos e melhoramos o volume da produção.
Também é possível aumentar a confiabilidade no apontamento de dados de máquinas, que podem ser configuradas para identificação automática das atividades executadas, resultando na possibilidade de automação dos fluxos de trabalho e não somente das máquinas individualmente.
A telemetria da Hexagon trabalha com quatro frentes; 3G/4G, que conectividade que enfrenta problemas de cobertura; rádio, cuja evolução nos últimos anos foi significativa, mas depende de rede privada e antenas; satélite, com maior alcance mas maior custo; e sistemas híbridos (que combinam duas ou mais tecnologias).
Além das opções para conectividade, a Hexagon possui todo o ferramental de software (cloud e embarcado nos seus hardwares dedicados) para a gestão das operações em diversos níveis, provendo telemetria no sentido mais amplo possível, que inclui não somente a leitura de informações de maquinário, mas também análise, interpretação e geração de alertas, indicadores e recomendações.
Acreditamos que a telemetria vai trazer cada vez mais ganhos ao agronegócio brasileiro, como o aumento da eficiência logística pela adoção dessa tecnologia combinada com softwares de otimização (ao invés de simples rastreadores). Mais do que esperar pela solução, estamos trabalhando junto nos campos para descobrir como trazer essa ferramenta para a realidade no setor.
*A divisão de Agricultura da Hexagon, com sede e fábrica em Florianópolis (SC), desenvolve e fornece soluções de tecnologia da informação que desencadeiam todo o potencial da produção agrícola, gerando grandes ganhos de eficiência, produtividade e sustentabilidade. As soluções convertem dados em informações inteligentes e acionáveis que permitem planejamento otimizado, execução eficiente no campo, controle preciso de máquinas e fluxos de trabalho automatizados para otimizar as operações. A Hexagon, líder global em sensores, software e soluções autônomas, tem aproximadamente 20 mil funcionários em 50 países e vendas líquidas de aproximadamente 3,9 bilhões de euros.
Por Erika Artmann
Foto: Imbaú Transportes
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