Um dos indicadores do desempenho da economia de um país são os níveis de emprego de seus cidadãos. Neste artigo, a CONSUFOR apresenta um retrato da evolução dos empregos do país (considerando todos os setores da economia), em comparação com os empregos do Setor Florestal.
É importante destacar que os fatores preponderantes que explicam as variações no estoque empregos, em cada setor empresarial, são a economia e o mercado. É claro que os níveis de emprego também são afetados por fatores ligados à produtividade dos processos produtivos, níveis de automatização e mecanização ou mesmo obsolescência do produto fabricado ou serviço prestado (substituídos por produtos ou serviços tecnologicamente mais avançados, a exemplo do que ocorreu com a máquina de escrever ou com o aparelho de fac-símile, atividades empresariais que no passado destruíram milhares de empregos, absorvidos posteriormente por outras cadeias produtivas). Porém, como o horizonte de análise deste artigo se limitou aos últimos 10 anos, os maiores pesos para explicar as mudanças no estoque de empregos são mesmo a economia e o mercado de cada atividade empresarial destacada.
A Figura 1 mostra a evolução do estoque de empregos do Brasil e das cadeias produtivas do Setor Florestal Nacional, nos últimos cinco anos. Cada atividade empresarial registrou um comportamento particular, fruto exatamente das condições mercadológicas intrínsecas a cada caso.
Os dados mostram que, considerando todas as atividades empresariais do Brasil, a quantidade de empregos FORMAIS atual é praticamente a mesma daquela registrada no inicio de 2012. A Indústria de Celulose e Papel foi o grande destaque, com crescimento acumulado da quantidade de empregos de aproximadamente 30%, mesmo período. O destaque negativo foi registrado pela Atividade de Apoio à Produção Florestal, que perdeu 40% dos postos de trabalho.
Consultando um horizonte mais longo, vê-se na Figura 2 que o Brasil registrou a criação de mais de 9,2 milhões de novos postos de trabalho nos últimos 10 anos, considerando todos os setores da economia. Já o Setor Florestal, no mesmo período, viu a redução de quase 52mil empregos em suas companhias. No período, a Produção de Papel e a de Móveis foram as atividades que mais criaram empregos. Já as que mais destruíram vagas de empregos formais foram a Produção de Madeira Serrada, o Apoio à Produção Florestal e a Produção de Painéis de Madeira, nesta ordem.
Fazendo a mesma comparação do saldo de empregos, porém agora considerando exclusivamente o período compreendido pelo ano de 2017, vemos que o Brasil criou quase 141 mil novos empregos formais, ao passo que o Setor Florestal brasileiro criou 5,8mil novas vagas de trabalho. Este sinal positivo para o Setor Florestal, revertendo a trajetória histórica de destruição de postos de trabalho, se consolidou em praticamente todas as suas atividades empresariais, com destaque positivo para a Produção de Papel, Produção Florestal (mediante manejo de florestas tropicais) e Produção de Móveis. O destaque negativo ficou por conta da Produção Florestal ligada ao plantio de florestas comerciais, que perdeu quase 2mil empregos formais no ano.
Por CONSUFOR
Imagens: CONSUFOR