A avalição é positiva tanto no cenário mundial quanto no da América Latina
Neste mês de novembro foi divulgado o Indicador Ifo/FGV de Clima Econômico da América Latina (ICE), elaborado pela parceria entre a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a University of Munich, por meio do seu instituto de pesquisas econômicas (Leibniz Institute for Economic Research). O ICE de outubro de 2017 marcou 99,1 pontos, bem próximo da zona de avaliação favorável (100 pontos). De julho a outubro de 2017, o indicador avançou 26,6 pontos.
De acordo com o professor e membro do Comitê Macroeconômico do ISAE – Escola de Negócios, Christian Bundt, desde o final de 2016, o indicador mundial está na zona de avaliação positiva e, em 2017, o indicador da América Latina está quase saindo da zona de avaliação negativa. “O crescimento do ICE na América Latina não está calcado apenas nas maiores economias da região (Brasil e o México), ele vem sobremaneira de países menores, que têm clima mais favorável, conforme mostra a análise do ICE dos últimos quatro trimestres”, comenta.
Fazendo a observação do ICE para os países em desenvolvimento, percebe-se que os BRICS ainda têm longo caminho para se igualarem aos países considerados desenvolvidos, que em outubro mostraram o indicador na zona de avaliação favorável, à exceção do Reino Unido (lembrem-se do anunciado Brexit, pretendido para 2019). Na observação específica dos BRICS, o clima econômico no Brasil só está melhor que na África do Sul.
Apesar dos sinais de que a economia brasileira está retomando seu crescimento, quando comparada às economias de outros países, maiores ou menores, o quadro não é tão animador, dado o bom momento de muitos países. “Isso pode significar que o Brasil não consegue aproveitar adequadamente o bom momento de outras economias e proporcionar negócios com elas”, compelta Bundt.
Por Isabelle | IRR Comunicaçao
Imagem: Ilustração