Primeira planta de reciclagem de plástico dentro de uma indústria de papel evitou o envio de 928 toneladas de aparas de plásticos a aterros e a emissão de 37 ton/CO2eq em 2016
A Celulose Irani, uma das principais indústrias brasileiras dos segmentos de Papel para Embalagens e Embalagem de Papelão Ondulado, recebe nesta quarta-feira (13), em São Paulo, o Prêmio Eco 2017 na categoria “Sustentabilidade em Processos” com um case inovador de reciclagem de plástico. Com 35 anos de história, o evento organizado pela Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham) destaca as empresas que são referência em práticas sustentáveis e desenvolvimento social.
Durante seis anos, a Irani pesquisou alternativas para uma destinação correta dos resíduos provenientes da reciclagem de aparas de papelão ondulado. Após essa longa pesquisa, a empresa desenvolveu a primeira planta de reciclagem de plástico dentro de uma indústria de papel. O desafio era dar uma destinação mais sustentável aos resíduos plásticos (antes destinados a aterro industrial) misturados nas aparas de papelão adquiridas para a reciclagem.
Foram investidos R$ 720 mil na instalação dessa planta de reciclagem, que começou operando em esquema de projeto piloto com capacidade de processamento de 10ton/mês. A partir de 2016, a planta de reciclagem e a capacidade de segregação de resíduos foi ampliada para 100 ton/mês. Com essa iniciativa, a empresa criou uma nova cadeia valor e passou a comercializar um novo produto: as aparas mistas de plástico.
No aspecto ambiental, a empresa deixou de encaminhar 928 toneladas de aparas de plásticos para aterros em 2016, o que representou uma economia de R$ 27,8 mil no ano e, ao mesmo tempo, evitou a emissão de 37 ton/CO2eq. No aspecto econômico, apenas em 2016, foram recuperadas 1.038 toneladas de fibra, equivalente a R$ 780 mil em matéria-prima. Além disso, a venda das aparas mistas de plástico geraram uma receita de R$ 13,8 mil.
Outro ponto de destaque dessa iniciativa é que evitou um investimento imediato de R$ 3 milhões para a companhia: a redução de resíduos gerados postergou em cerca de 5 anos a necessidade de construção de um novo aterro industrial.
Sobre a Celulose Irani – Fundada em 1941 e controlada desde 1994 pelo Grupo Habitasul, tradicional Grupo Empresarial da Região Sul do País, a Celulose Irani é hoje uma das líderes do setor de Embalagens de Papelão Ondulado no Brasil, além de ser referência no setor de Papel para Embalagens (rígidas e flexíveis).
Com produção integrada, florestas próprias, energia autogerada e máquinas e equipamentos constantemente atualizados, a IRANI produz papéis para embalagens, chapas e embalagens de papelão ondulado, resinas de pinus, breu e terebintina, assegurando o fornecimento de produtos de matéria-prima renovável com alta qualidade e competitividade.
A Celulose Irani possui seis unidades de negócios: Papel para Embalagens – Vargem Bonita (SC) e Santa Luzia (MG), Embalagem PO – Vargem Bonita (SC), Indaiatuba e São Paulo (SP) e Resinas – Balneário Pinhal (RS), além de florestas em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e escritórios em Porto Alegre (RS) e Joaçaba (SC). Empresas controladas pela IRANI: Habitasul Florestal S.A., HGE – Geração de Energia Sustentável S.A. e Irani Geração de Energia Sustentável Ltda (que estão em fase de avaliação de projetos eólicos para implementação) em Porto Alegre (RS) e Iraflor Comércio de Madeiras Ltda em Vargem Bonita (SC).
Por Bruno Deiro