*Energia, agronegócio e setor automotivo despontam no ranking do estado que produziu a maior soma de lucros do Sul em 2017
*Copel é a maior empresa do Paraná
*Ao todo, 14 cooperativas figuram entre as 100 maiores do Paraná. E entre as 20 paranaenses mais bem posicionadas no ranking 500 MAIORES DO SUL, oito são cooperativas
*As 183 companhias paranaenses levam vantagem sobre as representantes catarinenses e gaúchas na soma dos lucros
As gigantescas turbinas de Itaipu Binacional são uma metáfora quase perfeita do vigor do Paraná. Com um lucro superior a R$ 3,8 bilhões em 2017, a megausina hidrelétrica foi decisiva para que as 183 maiores empresas paranaenses lucrassem, ao todo, R$ 16,2 bilhões, a maior soma entre os estados da região Sul. A número 1 do ranking do Paraná não é a Itaipu, mas também pertence ao setor elétrico. Trata-se da Companhia Paranaense de Energia (Copel), que exibe o maior patrimônio, R$ 15,5 bilhões, e a maior receita líquida, R$ 14 bilhões. Sem a mesma estatura no setor, a Atlantic Energias Renováveis também brilha no ranking, ostentando o maior crescimento de vendas: 153%.
A metáfora de Itaipu só não é perfeita porque é incompleta. Impossível verificar os sinais vitais da economia paranaense sem lançar um olhar atento para o agronegócio e, muito especialmente, para o cooperativismo. O estado possui 69 cooperativas agropecuárias, com 159 mil produtores associados, o que representa 40% dos agricultores. Ao todo, 14 cooperativas figuram entre as 100 maiores do Paraná. E entre as 20 paranaenses mais bem posicionadas no ranking 500 MAIORES DO SUL, oito são cooperativas. Neste clube a Coamo segue como líder invicta, tanto em receita quanto em rentabilidade, e deve ter um desempenho ainda melhor neste ano: com a boa colheita que está por vir, a estimativa de receita da cooperativa de Campo Mourão em 2018 gira em torno de R$ 14 bilhões. E seu braço industrial ganha novo dinamismo com a inauguração da planta de processamento de soja em Dourados, no Mato Grosso do Sul. Na indústria, a terceira turbina é o setor automotivo. A Renault tem a terceira maior receita líquida do Paraná, R$ 11,5 bilhões – um crescimento de 20,4% sobre 2016.
Os dez maiores lucros líquidos do Paraná
Os dez maiores patrimônios líquidos do Paraná
As dez maiores receitas líquidas do Paraná
Os dez maiores VPGs* do Paraná
(*) VPG: Valor Ponderado de Grandeza. Resulta da soma de patrimônio (com peso de 50%), receita líquida (40%) e resultado líquido do exercício (10%).
Lucro impera entre paranaenses
As 183 companhias paranaenses levam vantagem sobre as representantes catarinenses e gaúchas na soma dos lucros: R$ 16,2 bilhões, o que significa R$ 3,5 bilhões a mais do que as empresas do Rio Grande do Sul e um pouco mais que o dobro das empresas de Santa Catarina (R$ 7,9 bilhões). Os menores prejuízos também pertencem às paranaenses. Suas companhias deficitárias acumularam perdas de R$ 900 milhões, enquanto as gaúchas na mesma situação queimaram quase R$ 2 bilhões.
Método – Para revelar quem é quem entre as empresas do Sul, a Revista AMANHÃ e a PwC construíram um indicador exclusivo: o Valor Ponderado de Grandeza (VPG). O índice reflete, de forma equilibrada, o tamanho e o desempenho das empresas, a partir de uma ponderação que considera os três grandes números do balanço: patrimônio líquido (que tem peso de 50% no cálculo do VPG), receita líquida (40%) e lucro líquido ou prejuízo (10%).
Por Livia Pulchério | Pg1
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