Quinhentos profissionais de Chapecó, Xanxerê, Pinhalzinho e Maravilha participaram, nessa semana, de workshops sobre gestão de saúde e segurança no trabalho para o eSocial. Promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), por meio do Serviço Social da Indústria (SESI) e dos sindicatos patronais da região Oeste, as capacitações orientaram sobre as informações sobre SST que devem ser enviadas ao eSocial, como as empresas precisam adequar suas práticas e os cuidados necessários para não terem problemas futuros como multas ou não atendimento da legislação.
A engenheira e consultora em saúde e segurança do trabalho do SESI/SC, Amanda S. Barbosa ministrou os workshops e ressaltou que o eSocial não mudou a legislação trabalhista e previdenciária. Porém, faz com que seja cumprida mais facilmente devido a possibilidade de o governo acessar as informações na plataforma do eSocial. “O que intensificará é a necessidade de gestão porque além de enviar uma quantidade muito grande de informações para essa plataforma, o eSocial também traz uma exigência com relação aos prazos de envio. A empresa tem que garantir o cumprimento do envio da informação no prazo especificado e, com isso, se faz necessário o fortalecimento da gestão”, frisa.
Outro aspecto importante é a possibilidade de cruzamento de informações. De acordo com Amanda, isso possibilita uma espécie de malha fina tributária. “Fará com que a Receita Federal arrecade mais e o Ministério do Trabalho fiscalize e multe mais. Só para ter uma ideia, atualmente, no País, o Ministério do Trabalho consegue fiscalizar aproximadamente 4% das empresas, com o eSocial 100% delas poderão ser fiscalizadas”.
As empresas já estão obrigadas a enviar informações ao eSocial. O cronograma para as organizações com faturamento em 2016 acima de R$ 78 milhões iniciou em janeiro deste ano e, para as demais, em julho. O envio das informações de segurança e saúde no trabalho começa em janeiro de 2019.
O diretor regional Oeste do SESI, Claudemir José Bonatto, enfatizou que gestão de saúde e segurança no trabalho precisa ser pauta diária dos empresários e gestores. “A vitalidade de uma organização está diretamente ligada à vitalidade de seus colaboradores. Investir em saúde e segurança é tão estratégico e determinante para a perpetuação dos negócios quanto o investimento em tecnologias, inovações e processos”.
Pesquisas mostram que um ambiente de trabalho seguro e saudável gera bom clima, engajamento e, consequentemente, produtividade. “Dessa forma, as empresas conseguem ser mais competitivas. Além disso, haverá menos trabalhadores afastados e a empresa terá menor custo com benefícios previdenciários. Ganham o trabalhador, a empresa e a sociedade”, finalizou Amanda.
Por MB Comunicação
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